O setor de serviços é líder no uso da faturação eletrónica em Portugal. Segundo o nosso Estudo sobre a Fatura Eletrónica em Portugal, referente aos primeiros semestres de 2020 e 2021; 36,69% das empresas portuguesas que emitiram faturas eletrónicas nas suas relações comerciais pertencem a este setor. Da mesma forma, também estão em primeiro lugar na receção, com 62,08%, mais 1,73% do que em 2020.
Apesar de todas as vantagens, a indústria, o setor em que a emissão de faturas eletrónicas está mais implementada, sofreu uma descida de 5,49%, de 62,38% para 56,89%. Também na receção de faturas eletrónicas existiu um decréscimo de 2,60%, de 35,17% para 32,57%.
Embora com ligeiras subidas na emissão e receção de faturas eletrónicas, o setor primário continua a ser o mais atrasado na transformação digital, com apenas 4,73% e 1,12% das empresas a emitir e a receber faturas eletrónicas, respetivamente.
Em termos de dimensão da empresa, os maiores emissores e recetores de faturas eletrónicas são as grandes empresas, com 35,74% e 62,78% respetivamente; seguido das PME e as microempresas. Durante o primeiro semestre de 2021, Portugal emitiu mais 2.824.638 de faturas eletrónicas relativamente ao mesmo período de 2020.
Nos últimos anos as empresas portuguesas têm vindo, de uma forma geral, a começar os seus projetos de transformação digital, impulsionado pela diretiva europeia que obriga a utilização da fatura eletrónica nos contratos públicos no ano 2020. No entanto, a crise pandémica da COVID-19, foi também responsável pelo impulso da utilização das novas tecnologias.
O “Estudo sobre a Fatura Eletrónica em Portugal” é o primeiro estudo sobre a utilização e adoção da faturação eletrónica no nosso país e pretende ser uma referência nacional para conseguir ter uma visão ampla do estado do crescimento da emissão e receção de documentos eletrónicos.